Consulta de hanseníase a paciente — Foto: Magda Oliveira/G1/Arquivo
Nesta quinta-feira (30), das 8h às 12h, o Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Aracaju, realiza uma ação com pessoas com suspeita de hanseníase.
A médica dermatologista Martha Débora Lira, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Sergipe (SBD-SE), explica que a campanha tem foco educativo e está na terceira edição. “Nosso objetivo é diagnosticar a hanseníase, fazer palestras que expliquem o que é a doença, fazer com que as pessoas conheçam os sintomas e saibam como suspeitar da hanseníase, procurando também um médico para confirmação do diagnóstico”, conta Martha.
A médica ressalta que o Brasil é o segundo país no mundo com a maior incidência, ficando atrás apenas da Índia.
“Infelizmente a hanseníase é uma doença que carrega um grande preconceito. Quando não existia tratamento, os pacientes ficavam com deformidades, a doença era conhecida como lepra. Hoje esse nome não é mais aceito. Nós queremos desmistificar isso, tirar esse preconceito, mostrar que é uma doença que tem tratamento e que tem cura”, afirma.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica, transmissível, que se dá pelas vias aéreas superiores de uma pessoa doente, sem tratamento, para outra, após um contato próximo e prolongado, especialmente os de convivência domiciliar.
Tem predileção pela pele e nervos periféricos. O tratamento é feito por via oral com uma associação de antibióticos. Contudo, o seu diagnóstico deve ser precoce, a fim de minimizar os riscos da doença.
Janeiro roxo
Janeiro foi o mês escolhido para marcar a luta contra a hanseníase. Neste mês, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Hansenologia promovem o Janeiro Roxo, que é uma grande campanha para combater a doença. No período, os serviços de saúde se mobilizam em ações de conscientização e tratamento, visando atingir o maior número possível de pacientes.