Em 18 anos, mais de 160 pessoas morreram vítimas de hepatite em Sergipe

Quando associada a outras causas, número de mortes por hepatite chegam a 262 em todo o estado, entre 2000 e 2017, segundo levantamento do Ministério da Saúde.

24/07/2019 as 07:51


Total de mortes básicas e associadas por hepatites virais em Sergipe
Número de mortes causadas por hepatites dos tipos A, B, C e D em SE entre 2000 e 2017
Número de mortes9910010015215211Hepatite AHepatite BHepatite CHepatite D0255075100125150175
Fonte: Ministério da Saúde

Pelo menos 163 pessoas morreram em Sergipe vítimas de hepatites virais entre os anos 2000 e 2017, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Quando a causa da morte foi hepatite associada a outros fatores, o número de mortes sobe para 262, conforme o levantamento.

O balanço do Ministério da Saúde foi divulgado nesta segunda-feira (22).

Em Sergipe, a hepatite C foi a protagonista do maior número de mortes entre 2000 e 2017, sendo a causa básica da morte de 97 pessoas e a causa associada em outras 55 mortes, totalizando 152 ocorrências nesse período.

Já a hepatite B consta em 100 mortes registradas no período analisado pelo Ministério da Saúde - sendo a única responsável por 58 dos óbitos registrados.

As hepatites virais dos tipos A e D são aquelas que causaram um número menor de mortes no estado dentro do período recortado pelo Governo Federal. Enquanto a primeira foi a única causa da morte de 8 pessoas e a razão associada da morte de uma, a segunda não foi responsável mortes no período analisado e causa associada de uma morte.

Hepatite — Foto: Arte/G1Hepatite — Foto: Arte/G1

Hepatite — Foto: Arte/G1

Tipos de hepatites

A hepatite A é transmitida por meio de água e alimentos contaminados por fezes ou pelo contato da mão suja de fezes com a boca.

Já as hepatites B e C são transmitidas por meio do sexo sem proteção e no compartilhamento de seringas, agulhas ou qualquer outro objeto cortante ou perfurante.

A hepatite D também é transmitida pelo sangue e, da mesma maneira que os vírus B e C, exige cuidado com o compartilhamento de objetos, como escovas de dentes, seringas, depiladores e barbeadores portáteis.

No caso das hepatites B e D, a transmissão também pode ocorrer da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Prevenção

De acordo com o Governo Federal, a vacina para hepatite A está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo oferecida no calendário nacional de vacinação para crianças a partir de 15 meses a 5 anos de idade incompletos.

A vacina para hepatite B está disponível no SUS para todas as pessoas. Na criança, é dada em quatro doses, sendo a primeira ao nascer. Nos adultos, que não se vacinaram na infância, são três doses.

A hepatite C acomete, principalmente, os adultos acima de 40 anos. O tratamento com os antivirais de ação direta encontra-se disponível no SUS desde 2015 e apresenta taxa de cura superior a 90%.

A hepatite D depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa e, como o vírus precisa do outro tipo para reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B, inclusive com a vacinação contra a hepatite B.