Pelo menos 163 pessoas morreram em Sergipe vítimas de hepatites virais entre os anos 2000 e 2017, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Quando a causa da morte foi hepatite associada a outros fatores, o número de mortes sobe para 262, conforme o levantamento.
O balanço do Ministério da Saúde foi divulgado nesta segunda-feira (22).
Em Sergipe, a hepatite C foi a protagonista do maior número de mortes entre 2000 e 2017, sendo a causa básica da morte de 97 pessoas e a causa associada em outras 55 mortes, totalizando 152 ocorrências nesse período.
Já a hepatite B consta em 100 mortes registradas no período analisado pelo Ministério da Saúde - sendo a única responsável por 58 dos óbitos registrados.
As hepatites virais dos tipos A e D são aquelas que causaram um número menor de mortes no estado dentro do período recortado pelo Governo Federal. Enquanto a primeira foi a única causa da morte de 8 pessoas e a razão associada da morte de uma, a segunda não foi responsável mortes no período analisado e causa associada de uma morte.
Hepatite — Foto: Arte/G1
Tipos de hepatites
A hepatite A é transmitida por meio de água e alimentos contaminados por fezes ou pelo contato da mão suja de fezes com a boca.
Já as hepatites B e C são transmitidas por meio do sexo sem proteção e no compartilhamento de seringas, agulhas ou qualquer outro objeto cortante ou perfurante.
A hepatite D também é transmitida pelo sangue e, da mesma maneira que os vírus B e C, exige cuidado com o compartilhamento de objetos, como escovas de dentes, seringas, depiladores e barbeadores portáteis.
No caso das hepatites B e D, a transmissão também pode ocorrer da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.
Prevenção
De acordo com o Governo Federal, a vacina para hepatite A está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo oferecida no calendário nacional de vacinação para crianças a partir de 15 meses a 5 anos de idade incompletos.
A vacina para hepatite B está disponível no SUS para todas as pessoas. Na criança, é dada em quatro doses, sendo a primeira ao nascer. Nos adultos, que não se vacinaram na infância, são três doses.
A hepatite C acomete, principalmente, os adultos acima de 40 anos. O tratamento com os antivirais de ação direta encontra-se disponível no SUS desde 2015 e apresenta taxa de cura superior a 90%.
A hepatite D depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa e, como o vírus precisa do outro tipo para reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B, inclusive com a vacinação contra a hepatite B.