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Praça São Francisco de Assis em São Cristóvão é destaque da arquitetura e da história sergipana — Foto: Joelma Gonçalves/g1/Arquivo
Nesta sexta-feira, 8 de julho, feriado em Sergipe, o estado comemora 202 anos de emancipação política da Bahia, decretado em 1820 pelo imperador D. João VI.
O ato foi um agradecimento pela participação da elite sergipana no processo de expansão da revolução pernambucana. No entanto, a aceitação da emancipação não foi imediata. Apenas em 5 de dezembro de 1822, D. Pedro I, que tinha assumido o trono após a abdicação de seu pai, confirmou por carta imperial a autonomia de Sergipe.
O ato praticado no dia 8 de julho, segundo especialistas, foi fundamental para construção da identidade do povo sergipano. Ao g1, dois historiadores explicam como a emancipação contribuiu na formação da sergipanidade.
A partir da emancipação, Sergipe passou a administrar seu território e a controlar suas rendas. Desde então, é nos ofícios e práticas do cotidiano; nos saberes da cultura popular e/ou erudita; nos lugares consagrados pela memória coletiva; nas crenças e valores representados nas formas de expressão, que cotidianamente se reelabora, material e espiritualmente, essa abstração do que entendemos como Sergipanidade - Sergipe + identidade = Sergipanidade”, explicou o historiador Amâncio Cardoso.
A ideia de pertencimento, de acordo com os estudiosos, é fruto de todas aquelas atividades que desenvolvemos no dia a dia e que são muito características, como a forma de se vestir, de cozinhar, fazer os pratos típicos, além das danças e manifestações culturais.
“A emancipação vem de um processo político, jurídico, social, mas também cultural. Teve um processo de luta do nosso povo, porque não se sentia mais baiano, tinha uma identidade diferente, coisas que só existem aqui em Sergipe, esse território que ficou emancipado. É um processo de fortalecimento da identidade, que já existia e que até hoje está em constante transformação”, pontuou o historiador Osvaldo Neto.
Ele também lembrou que um feriado como o desta quinta, aliado a outras ações, garantem, a preservação da nossa história, que deve ser sempre lembrada.