Recursos liberados pelo governo federal para SE serão utilizados para contratação de empresa para atuar na limpeza de óleo

Recursos liberados pelo governo federal para SE serão utilizados para contratação de empresa para atuar na limpeza de óleo

23/10/2019 as 06:33


Reunião debate aplicação de recursos que deverão se aplicados no combate as manchas — Foto: Reprodução/TV SergipeReunião debate aplicação de recursos que deverão se aplicados no combate as manchas — Foto: Reprodução/TV Sergipe

Reunião debate aplicação de recursos que deverão se aplicados no combate as manchas — Foto: Reprodução/TV Sergipe

Após liberação de recursos do governo federal no valor de R$ 2,5 milhões representantes da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Defesa Civil Estadual e Defesa Civil Nacional se reuniram, na manhã desta terça-feira (22), para discutir como empregar o dinheiro. O encontro foi realizado na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade do Estado (Sedurbs), em Aracaju.

Com o recurso, entre as medidas a serem adotadas está a contratação de uma empresa para limpeza dos locais atingidos pelo óleo. Além da disponibilização de 500 kits com luvas, óculos, sacos plásticos, e outros equipamentos de proteção individual que devem chegar ao estado ainda esta semana.

Segundo o diretor da Defesa Civil Estadual, Alexandre Alves, a previsão é que o recurso esteja disponível ainda essa semana, quando deverá ser iniciado o processo de contratação da empresa de limpeza.

Durante a visita a Sergipe, os representantes da Defesa Civil Nacional visitaram algumas localidades atingidas pelo óleo. O roteiro da visita não foi divulgado.

Todas as 17 praias sergipanas foram afetadas e também apresentaram reaparecimento das manchas após serem limpas. Ao todo, o óleo ainda atingiu 200 localidades nos nove estados do Nordeste.

Manchas voltaram a se encontradas na praia de Pirambu — Foto: Adema/SEManchas voltaram a se encontradas na praia de Pirambu — Foto: Adema/SE

Manchas voltaram a se encontradas na praia de Pirambu — Foto: Adema/SE

Liberação de recursos

Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), autorizou, nesta segunda-feira (21), o repasse de R$ 2,5 milhões para o estado de Sergipe utilizar na limpeza das praias afetadas pelo derramamento de óleo.

O estado decretou situação de emergência no dia 5 de outubro, que foi reconhecida pelo governo federal 10 dias depois, para as cidades de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Estância, Itaporanga D’Ajuda, Pacatuba e Pirambu. Já no dia 17, o Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil da Secretaria de Estado da Inclusão Social solicitou R$ 22 milhões para restabelecer a costa sergipana.

Segundo o Ministério, os recursos federais poderão ser utilizados pelo em serviços complementares para limpeza do litoral, viabilização de pontos estratégicos de coleta e transporte do material. A expectativa é que mais repasses sejam autorizados para outros estados, de acordo com o recebimento das solicitações.

 Neste sábado (12) foram instalados 75 metros de boias absorventes por equipes da Adema no Rio Vaza-Barris, em Aracaju — Foto: Adema/Divulgação Neste sábado (12) foram instalados 75 metros de boias absorventes por equipes da Adema no Rio Vaza-Barris, em Aracaju — Foto: Adema/Divulgação

Neste sábado (12) foram instalados 75 metros de boias absorventes por equipes da Adema no Rio Vaza-Barris, em Aracaju — Foto: Adema/Divulgação

Reforço da contenção

Entre as medidas definidas nos relatórios pelos órgãos ambientais na quinta-feira, está a instalação de mil metros de boias em locais que ainda estão sendo analisados como prioridade. O material que deverá ser instalado em pontos estratégicos de Sergipe foi disponibilizado pela Petrobras. Um outro ponto discutido durante a reunião foi o risco da colocação de boias para a navegação nos rios do estado.

Polêmica sobre as barreiras

No último dia 12, o governo sergipano iniciou, no rio Vaza-Barris, a instalação de barreiras alugadas pelo valor de quase R$ 7 mil por dia. A administração estadual esperava que a Petrobras pudesse enviar equipamento de proteção para conter a mancha, mas as barreiras de proteção não chegaram.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que veio a Aracaju no dia 7 de outubro para avaliar a situação, afirmou, no dia 14, que iria cumprir a determinação da Justiça Federal e colocar as barreiras de contenção em rios de Sergipe, mas alegou que elas não seriam eficientes para conter as manchas de óleo. O Ibama seguiu a afirmação. Já a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), disse que a escolha pelo material ocorreu com avaliação técnica e que a eficácia é comprovada.

Análise das manchas

Já no dia 16, Ricardo Salles, esteve no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no município de São Cristóvão (SE) onde se reuniu com o professor do Departamento de Química e coordenador do laboratório de Petróleo e Biomassa, Alberto Wisniewski Jr., responsável pela análise do óleo coletado nas praias do litoral sergipano.

"A opinião do que nós vimos aqui é a hipótese de que esse óleo dos barris tenha relação com o óleo encontrado nas diversas manchas encontradas no litoral. E que, portanto, dão mais um elemento para a investigação que está sendo muito bem feita pela Marinha do Brasil, sobre a origem desse fato que é o derramamento de óleo no litoral”, disse o ministro.