Na última terça-feira, 9, o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), em parceria com a Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a operação “Oi, esse é meu novo número” e prendeu o suspeito investigado pelo golpe do Falso Número, conhecido também golpe do WhatsApp Fake. A investigação foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), vinculada ao Depatri.

De acordo com o diretor do Depatri, delegado André Baronto, a vítima recebeu um contato que se passava pela filha, que estuda fora do estado de Sergipe. Após o primeiro contato, o golpista fez com que a vítima acreditasse que estava conversando com a filha, conseguindo, assim, transferências bancárias.

Com o andamento da investigação e após uma complexa análise de dados foi possível identificar que o suspeito estava residindo em Florianópolis (SC) e que seria natural de Goiás, já tendo respondido penalmente por porte de arma e tráfico de drogas. Assim, iniciaram-se as trocas de informações com a Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI)”, detalhou o delegado.

No cumprimento do mandado de busca, foram apreendidos notebook e celulares que, possivelmente, foram utilizados pelo investigado na prática do golpe.

A escolha do nome 

Geralmente, o golpe começa com alguma frase do tipo “Oi, esse é o meu número novo”. A operação foi batizada com esse nome justamente para alertar a população. O golpista utiliza um número novo e finge ser um familiar ou amigo da vítima, alegando que mudou de número.

Em seguida, o golpista pede transferências bancárias ou pagamento de boletos, alegando algum problema ou emergência. O objetivo é induzir a vítima a realizar transferências bancárias antes que perceba que está sendo enganada. Esse golpe explora a confiança e a preocupação imediata das vítimas, para obter vantagem financeira de forma rápida.