Compajaf, em Aracaju (SE). — Foto: TV Sergipe/Rafael Carvalho/Arquivo
Cinco reféns foram liberados, por volta das 21h30, desta terça-feira (11), após mais de 10 horas de negociação, entre equipes da Secretaria da Justiça, do Trabalho e de Defesa do Consumidor (Sejuc) e da Polícia Militar com seis internos do Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no Bairro Santa Maria, em Aracaju.
Segundo a Sejuc, após o encerramento da rebelião foi realizada a retirada dos reféns e dos presos do local. A ação foi acompanhada, desde o início, por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Desde 8h30, seis internos fizeram sete prestadores de serviços da Sejuc reféns. Os internos estavam em posse de facas e pedaços de ferros. Dois dos reféns chegaram a ser feridos superficialmente. Eles foram liberados no final da manhã e receberam atendimento médico.
A Sejuc informou que a motivação apontada pelos internos não estava relacionada à suspensão das visitas, ação implementada para o enfrentamento à pandemia da Covid-19. Os internos responsáveis pela rebelião alegaram que não estavam se sentindo seguros na unidade prisional e solicitaram transferências para outros presídios.
Após o encerramento da rebelião, os presos foram encaminhados para viaturas da unidade prisional e levados para o Instituto Médico Legal (IML). Em seguida, serão direcionados ao Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão. Uma equipe de perícia também foi acionada para analisar a sala onde ocorreu a rebelião.
As negociações foram conduzidas pelo coronel Reinaldo Chaves, secretário-executivo da Sejuc; coronel José Moura Neto, comandante do policiamento militar da capital (CPMC); coronel José Moura Neto, comandante do Comando de Operações Especiais (COE); capitão Weniston Queiroz e o tenente-coronel S. Junior, comandante do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq).