Polícia prende manifestante durante protesto em Hong Kong, nesta terça-feira (1º) — Foto: Nicolas Asfouri / AFP
Os manifestantes pró-democracia de Hong Kong saíram às ruas para protestar contra Pequim nesta terça-feira (1º), dia em que a China comemora o 70º aniversário da revolução comunista. Houve confrontos entre a polícia e alguns ativistas radicais.
De acordo com a CNN, um manifestante foi baleado no peito no distrito de Tseun Wan e não se sabe seu estado de saúde.
Manifestantes utilizaram coquetéis molotov e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água. Quinze pessoas, com idades entre 18 e 52 anos, foram hospitalizadas.
Mobilizados desde junho, os manifestantes alegam que a China viola o princípio "um país, dois sistemas", estabelecido no momento em que o Reino Unido devolveu o território para a China em 1997.
Manifestante coloca fogo em destroços na rua durante manifestação em Hong Kong, nesta terça-feira (1º) — Foto: Mohd Rasfan / AFP
Apesar da proibição de protestos e das advertências para que a população evite "reuniões ilegais", os manifestantes responderam às convocações feitas em redes sociais e se reuniram no bairro comercial de Causeway Bay.
Diante de vários centros comerciais e lojas fechadas, os manifestantes gritavam: "Apoio a Hong Kong, vamos lutar pela liberdade". A polícia e alguns ativistas radicais entraram em confronto na região.
Atos menores foram registrados no bairro de Wanchai e diante do consulado britânico, assim como nas zonas de Sha Tin e Tsuen Wan.
Manifestantes contra o governo se protegem com guarda-chuvas durante manifestação em Hong Kong, nesta terça-feira (1º) — Foto: Jorge Silva/ Reuters
Comemoração na China
Uma grande parada militar abriu as celebrações do 70º aniversário da revolução comunista que deu origem à República Popular da China nesta terça. Ao menos 15 mil soldados, centenas de tanques, mísseis e aviões de combate participaram de desfile na Praça Tiananmen, considerada símbolo do país —e palco do massacre de manifestantes em 1989.
O Exército Popular de Libertação exibiu suas novas armas, entre elas o DF-41, um míssil balístico intercontinental capaz de atingir qualquer ponto dos Estados Unidos. Helicópteros sobrevoaram a cidade formando o número 70.
Veículos militares carregando mísseis hipersônicos DF-17 passam pela Praça da Paz Celestial durante o desfile militar que marca o 70º aniversário de fundação da República Popular da China — Foto: Thomas Peter / Reuters
Onda de protestos
Em 9 junho, começou uma série de manifestações populares pró-democracia no território semiautônomo motivada por um projeto de lei que previa a extradição de cidadãos de Hong Kong para julgamento na China.
Aos poucos, a pauta de reivindicações se ampliou incluindo a resistência contra a crescente influência da China no território semiautônomo e a dura oposição contra o governo local que é acusado de ser Pró-Pequim.
No início de setembro, a chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou a retirada completa do projeto, que já tinha sido suspenso no início de junho, em uma tentativa de conter os protestos. O anúncio, porém, não foi suficiente para conter a onda de manifestações.
A crise é a mais severa em Hong Kong desde 1997, quando o território semi-autônomo foi devolvido pelo Reino Unido à China.
Polícia prende manifestante durante protesto em Hong Kong, nesta terça-feira (1º) — Foto: Nicolas Asfouri / AFP
Os manifestantes pró-democracia de Hong Kong saíram às ruas para protestar contra Pequim nesta terça-feira (1º), dia em que a China comemora o 70º aniversário da revolução comunista. Houve confrontos entre a polícia e alguns ativistas radicais.
De acordo com a CNN, um manifestante foi baleado no peito no distrito de Tseun Wan e não se sabe seu estado de saúde.
Manifestantes utilizaram coquetéis molotov e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água. Quinze pessoas, com idades entre 18 e 52 anos, foram hospitalizadas.
Mobilizados desde junho, os manifestantes alegam que a China viola o princípio "um país, dois sistemas", estabelecido no momento em que o Reino Unido devolveu o território para a China em 1997.
Manifestante coloca fogo em destroços na rua durante manifestação em Hong Kong, nesta terça-feira (1º) — Foto: Mohd Rasfan / AFP
Apesar da proibição de protestos e das advertências para que a população evite "reuniões ilegais", os manifestantes responderam às convocações feitas em redes sociais e se reuniram no bairro comercial de Causeway Bay.
Diante de vários centros comerciais e lojas fechadas, os manifestantes gritavam: "Apoio a Hong Kong, vamos lutar pela liberdade". A polícia e alguns ativistas radicais entraram em confronto na região.
Atos menores foram registrados no bairro de Wanchai e diante do consulado britânico, assim como nas zonas de Sha Tin e Tsuen Wan.
Manifestantes contra o governo se protegem com guarda-chuvas durante manifestação em Hong Kong, nesta terça-feira (1º) — Foto: Jorge Silva/ Reuters
Comemoração na China
Uma grande parada militar abriu as celebrações do 70º aniversário da revolução comunista que deu origem à República Popular da China nesta terça. Ao menos 15 mil soldados, centenas de tanques, mísseis e aviões de combate participaram de desfile na Praça Tiananmen, considerada símbolo do país —e palco do massacre de manifestantes em 1989.
O Exército Popular de Libertação exibiu suas novas armas, entre elas o DF-41, um míssil balístico intercontinental capaz de atingir qualquer ponto dos Estados Unidos. Helicópteros sobrevoaram a cidade formando o número 70.
Veículos militares carregando mísseis hipersônicos DF-17 passam pela Praça da Paz Celestial durante o desfile militar que marca o 70º aniversário de fundação da República Popular da China — Foto: Thomas Peter / Reuters
Onda de protestos
Em 9 junho, começou uma série de manifestações populares pró-democracia no território semiautônomo motivada por um projeto de lei que previa a extradição de cidadãos de Hong Kong para julgamento na China.
Aos poucos, a pauta de reivindicações se ampliou incluindo a resistência contra a crescente influência da China no território semiautônomo e a dura oposição contra o governo local que é acusado de ser Pró-Pequim.
No início de setembro, a chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou a retirada completa do projeto, que já tinha sido suspenso no início de junho, em uma tentativa de conter os protestos. O anúncio, porém, não foi suficiente para conter a onda de manifestações.
A crise é a mais severa em Hong Kong desde 1997, quando o território semi-autônomo foi devolvido pelo Reino Unido à China.