Com 3 a 1 no placar para tornar Bolsonaro inelegível, julgamento retorna nesta sexta, 30

Com 3 a 1 no placar para tornar Bolsonaro inelegível, julgamento retorna nesta sexta, 30

30/06/2023 as 08:16

Política

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Por Ianna Mendonça

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29/06/2023, às 16:25:51

Com 3 a 1 no placar para tornar Bolsonaro inelegível, julgamento retorna nesta sexta, 30

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu, nesta quinta-feira (29), o julgamento que pode tornar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, inelegível. Até o momento, são 3 votos a 1.

A sessão retornará amanhã (30), às 12h. Ainda faltam os votos de três ministros, mas quatro deles já decidiram pela rejeição da denúncia contra o vice da chapa de Bolsonaro, o general Walter Souza Braga Netto. Assim, já há maioria para absolvê-lo.

A votação, que iniciou no último dia 22, foi retomada para sua terceira sessão com a posição de Raul Araújo, que foi contra o relator da ação, Benedito Gonçalves, e votou por absolver Bolsonaro.

Na terça-feira (27), o relator, ministro Benedito Gonçalves, já havia votado por condenar Bolsonaro, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Logo após a fala de Araújo, votaram os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares, pela condenação do ex-presidente. 

Ainda faltam os votos da ministra Cármen Lúcia, e dos ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.

O julgamento de Jair Bolsonaro é devido a reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, na qual difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro. Nela, o ex-presidente fez ataques às urnas e ao sistema eleitoral, e apontou fraudes – que já foram desmentidas.

O que disse a defesa

O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, responsável pela defesa de Bolsonaro e do general Braga Netto, disse que a discussão do sistema eletrônico de votação não é algo errado na democracia. De acordo com ele, o ex-presidente só tentou propor um debate público para aprimorar o sistema.

Vieira ainda falou sobre a minuta do golpe, apreendida em janeiro pela Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson Torres, e afirmou que não poderia ser usada como prova no julgamento. Conforme o advogado, trata-se de um documento de decretação de estado de defesa no TSE com intuito de rever o resultado das eleições de 2022, mas que tinha como destino o lixo.

A minuta do golpe é um documento que citava planos para instalar um estado de sítio no TSE, com o objetivo de reverter a derrota de Bolsonaro nas eleições, o que é inconstitucional