Cigarro eletrônico chega à 4ª geração com 'roupa nova' e mais viciante; Anvisa debate regulamentação

Cigarro eletrônico chega à 4ª geração com 'roupa nova' e mais viciante; Anvisa debate regulamentação

11/04/2022 as 15:47

Inicialmente apresentados como uma alternativa ao cigarro comum, os cigarros eletrônicos chegaram à 4ª geração. Na análise de especialistas, ganharam "roupa nova", ficaram mais viciantes ao longo dos últimos anos e apelam cada vez mais para o público jovem, que desconhece os malefícios equivalentes ou até mesmo piores das substâncias que os compõem.

No meio de tudo isso, nesta segunda-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu um formulário para receber contribuições técnicas e científicas sobre o uso de dispositivos eletrônicos para fumar, os chamados DEF, que estão proibidos para venda no Brasil desde 2009.

Por enquanto, um relatório parcial indica a manutenção do veto e a intensificação da fiscalização do comércio ilegal dos cigarros eletrônicos no Brasil, conhecidos como pods, vapers, entre outros nomes.

Abaixo, nesta reportagem, entenda em detalhes os seguintes pontos:

  1. O que são os dispositivos eletrônicos para fumar?
  2. Quais são as principais diferenças para os cigarros tradicionais?
  3. Como eles se transformaram ao longo dos últimos anos?
  4. Quais são os principais riscos para a saúde?
  5. Os cigarros eletrônicos ajudam a parar de fumar?
  6. Como será o processo na Anvisa?
  7. O que dizem os especialistas sobre o processo na Anvisa?
  8. O que dizem os fabricantes?

1) O que são os dispositivos eletrônicos para fumar?

São todos os chamados cigarros eletrônicos, que também podem ser apelidados de vaporizadores, pods, e-cigarettes, e-pipes, e-ciggys, etc.

Há também uma outra categoria, que é a dos produtos de tabaco aquecido que usam vaporização. Em vez de ter como base uma essência ou líquido, esses aquecem diretamente o tabaco, a planta da qual é extraída a nicotina.

2) Quais são as principais diferenças entre os cigarros tradicionais?

O cigarro tradicional tem alcatrão, um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, monóxido de carbono (que dificulta a oxigenação do sangue), nicotina, aromatizantes e uma mistura de mais de 7 mil produtos químicos que são tóxicos e prejudiciais à nossa saúde. Eles funcionam por meio da combustão dessas substâncias.