
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira (14) a conversão da prisão preventiva da médica Daniele Barreto para prisão domiciliar. Ela é acusada de envolvimento na morte do marido, o advogado José Lael de Souza Rodrigues Júnior, de 42 anos, assassinado a tiros em outubro de 2024, em Aracaju.
A decisão foi confirmada pela defesa da médica, que estava presa desde o dia 12 de novembro do ano passado, junto com outras seis pessoas apontadas como envolvidas no crime. No início deste ano, Daniele havia sido transferida para o Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro.
O crime
O homicídio ocorreu no dia 18 de outubro de 2024, na Avenida Jorge Amado, no Bairro Jardins, zona sul da capital sergipana. De acordo com a investigação, José Lael e o filho estavam em um carro quando foram surpreendidos por dois homens armados que desceram de uma motocicleta e efetuaram vários disparos. O advogado morreu no local. O filho, que também foi baleado, conseguiu dirigir o veículo até um hospital particular e sobreviveu.
Planejamento
Imagens de câmeras de segurança foram cruciais para a investigação. Elas mostram, cerca de 1h30 antes do crime, duas mulheres — identificadas como amiga e secretária da médica — conversando com os supostos executores dentro de um carro. O veículo foi alugado em nome de uma delas. Após o encontro, elas retornam a um condomínio residencial.
Ainda segundo a polícia, a médica teria informado aos executores a localização exata da vítima. A suspeita é de que ela tenha pedido ao marido que saísse de casa com o filho para comprar açaí, o que teria facilitado a emboscada.
Ligação com os suspeitos
A polícia também apurou que a amiga da médica e a secretária frequentaram o Bairro Santa Maria, em Aracaju, dias antes da execução. Um morador da região e outro homem apontado como cúmplice (e atualmente foragido) teriam sido os autores dos disparos.
Posicionamento da família
A defesa da família do advogado informou que aguarda o acesso à decisão do STF para se pronunciar oficialmente.