Iron Maiden 'show de game', Scorpions do Brasil e adeus, Slayer: o resumo do 5º dia de Rock in Rio
O dia do metal voltou ao Rock in Rio na edição de 2019, nesta sexta-feira (4), com uma programação que formou um mar de camisas pretas na Cidade do Rock.
Após protestos de fãs, o Rock in Rio decidiu retomar a tradição e a ideia pelo jeito deu certo. Em 2017, pela primeira vez o festival não teve uma noite inteiramente dedicada a artistas do gênero.
No palco deste ano, o Iron Maiden foi a atração principal, mas pediu para tocar antes do Scorpions.
O primeiro fez um show teatral. Levou cenários e figurinos diferentes, lutinhas e tesouros do metal. Já o segundo cantou "Cidade Maravilhosa" e usou mesma guitarra verde e amarela de seu show em 1985 no festival.
Antes, Helloween - que substituiu Megadeth na programação - já havia dado o tom pomposo, com sonoridade afinada à do Iron e formação lendária. Já o Sepultura, que abriu a noite no Palco Mundo, apresentou uma música inédita de seu novo disco, previsto para 2020.
No Sunset, o trio feminino Nervosa disparou uma sequência de composições thrash. Mais tarde, Slayer lotou a plateia em um show de sua turnê de despedida.
A sexta também foi marcada pelo retorno das crianças à Cidade do Rock após liberação da Justiça. Teve até bebê de colo já caindo no Rock, como o pequeno Luan, de 7 meses. Na quinta, uma decisão da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio de Janeiro proibiu a entrada de menores de 5 anos no festival.
Teve cenário diferente a cada música, Bruce Dickinson encarnando vários heróis, lutinhas, monstros e tesouros do heavy metal. O Iron Maiden fez um grande "show-videogame" no festival e vai ser difícil superar as alegorias e adereços no palco deste Rock in Rio - até nos shows de artistas pop. Mesmo sem encerrarem a noite, a pedidos da própria banda, o som continua poderoso. Leia mais.
Não bastou tocar “Cidade Maravilhosa”. Simpáticos e românticos, mas ainda tocando com peso o suficiente para estarem no dia do metal, o Scorpions fechou o dia e usou a mesma guitarra verde e amarela do festival de 1985. Quem ficou até o fim viu o show mais romântico da noite, principalmente a parte acústica com "Send me an angel" e, já plugada, a imbatível "Wind of Change". Leia mais.
No show com uma formação que une todos seus membros considerados lendários, os vocalistas Michael Kiske e Andi Deris e o guitarrista original Kai Hansen agitaram o público de seu power metal. Se isso não fosse o bastante, os alemães provaram que mereciam a promoção pro palco Mundo com uma apresentação focada nas duas partes de seus discos clássicos batizados “Keeper of the seven keys”, de 1987 e 1988. Leia mais.
A banda mineira começou a se apresentar com o Sol ainda brilhando e mais espaços vazios que de costume para a apresentação inicial do espaço, o maior do evento. Para segurar a plateia, fez um show sem grandes riscos, com foco no repertório do disco "Roots". A surpresa foi a inédita "Isolation", uma das faixas do novo disco, "Quadra", previsto para 2020, e uma homenagem a Andre Matos, cantor de Angra e Shaman, que morreu em 2019, aos 47 anos. Leia mais.
A banda de thrash metal fez muita gente com camisa do Iron Maiden perder uma posição mais nobre perto do Palco Mundo. Segundo integrante do seleto grupo dos Big 4 a tocar no Sunset (depois do Anthrax), o Slayer repetiu a velocidade de riffs e solos já ouvida no Rock in Rio 2013. Sabendo ou não da provável despedida, já que o show faz parte da "Final World Tour", os fãs lotaram a frente do Palco Sunset como em nenhum outro show até agora no espaço secundário. Leia mais.
O Anthrax, considerados uma das quatro grandes do thrash metal, começou sua estreia no festival com pontualidade invejável, clássicos e um público digno de palco Mundo. Com uma apresentação enxuta (menos de uma hora), mas memorável, os americanos com grande parte de sua formação clássica mostraram que merecem um lugarzinho entre as atrações principais na próxima vez. Leia mais.
As chances de dar errado eram escassas - e, de fato, não deu. A mistura de representantes selecionados do death/thrash garantiu, pelo menos até agora, talvez a sintonia mais direta entre público e banda no festival. Os brasileiros serviram como bom aquecimento para Chuck Billy, voz da seminal banda Testament. Acompanhado dos demais, ele disparou em sequência “Disciples of the watch”, “Practice what you preach” e “Electric crown”. Leia mais.